O que era duas, virou uma só. Não entendi. Me senti sozinha de novo.
"Que besteira, tenho o seio que alimenta, o colo que me acalenta!!! " Que bom!"
"e agora?"
"Cadê o colo? E o seio ? Cadê o olhar de aprovação, de orgulho? E o instinto materno e o paterno?A primeira privação, que frustração!
"Quero ser amada, quero ser querida" "Mas quem sou eu? "Como poderei sempre agradar?"
2º; O encanto se quebra e o que era"tão engraçadinha e tão bonitinha" se torna tão chatinha..."quero, quero, quero..." Desejo enorme, imensurável, insaciável. Máquina de querer. "quem sou eu?" Também quero saciar, "a quem vou satisfazer?". E a pergunta que não quer calar: "quem sou eu?"
3º: E aparece aquela que finge ser. A ilusão dos sentidos. Dos prazeres fugazes, vazios sem sentido.
Excessos, sonhos sonhados, acordados. "Quem é aquela que faço um esforço enorme para parecer?" "Como fazer para fugir da tentação do caminho mais rápido, mais fácil , e ao mesmo tempo, aquele que nos leva para os lugares sombrios de nossa alma ? "Quantas coisas deixadas para depois, e quantas que não tivemos coragem de descobrir se podíamos fazer aquilo que queríamos" Não fazer aquilo que não devíamos fazer, e ainda assim o fizemos. "Oh meu Deus, o que fizemos!?". "O que posso fazer para expiar minhas culpas?
4º Agora não sou só eu. O ciclo da vida se renova. "E agora, que os outros dependem de mim?' Posso ser a luz que ilumina, ou a nuvem que encobre. Temos que dar sentido a nossas ações, "Nossa que difícil !" Dominar as emoções, e não por elas ser dominada. Deixar uma lembrança, um legado, e não um mal exemplo a ser copiado. "Como abrir mão do caminho mais largo, e fazer aquilo que tem de ser feito?"
5º Hora de diminuir a expectativa, dar sentido àquilo que posso fazer, descobrir que é tão mais fácil ser simples. Sem medo de ser simples. Simplesmente assim...
(continua)